A erva-mate, ou Ilex paraguariensis, possui uma história diretamente ligada com a trajetória do povo sul-americano.
O primeiro povo que se tem registro de ter utilizado a erva foram os nativos guaranis, que habitavam a região das bacias dos rios Paraná, Paraguai e Uruguai. Esses povos acabaram por difundir o uso do mate com os colonizadores espanhóis, fazendo com que, em meados do século XVI, a extração de erva-mate fosse a atividade econômica mais importante da Província Del Guairá, território que abrangia praticamente o Paraná, no qual se situavam cidades espanholas e reduções jesuíticas. Mais tarde, a erva se tornaria o principal produto paranaense durante o período entre a Emancipação Política do Paraná (1853) e a Grande Crise de 1929, chegando a representar 85% da economia paranaense.
A erva-mate foi classificada cientificamente em 1820 pelo botânico francês Saint-Hilaire e continuou a ser consumida em forma de chá ou chimarrão nas conhecidas cuias, bem como utilizada como matéria-prima para diversos produtos.
O produto foi levado a outros pontos do país e para países vizinhos por meio das melhorias dos meios de transportes, que incluíram o deslocamento no lombo de animais, carroças trazidas da Europa, barcos a vapor, os trens e, finalmente, os caminhões. Assim, a erva-mate alcançou um patamar de consumo atual que transcende o Brasil e ganha, até mesmo, outros continentes.